Mesada, poupança e conta bancária: estudo revela como os pais introduzem os filhos ao mundo das finanças.

Estudo mostra que 70% dos pais só dão dinheiro aos filhos quando necessário.
Ensinar a gestão de dinheiro próprio, porém, pode ser benéfico para a educação financeira de jovens.

 

O sonho de toda criança é ter uma boa mesada. E uma pesquisa do PicPay, mapeou o comportamento dos pais na hora de desembolsar uma quantia para os filhos.

  • 70% disseram dar dinheiro apenas quando necessário;
  • 13% condicionam ao alcance de metas;
  • 12,5% oferecem aos filhos uma renda fixa mensal, a mesada.

 

Em resumo: nove em cada 10 pais costumam dar dinheiro aos filhos. A pesquisa ouviu 1,5 mil pais e mães de menores de idade de todas as regiões do Brasil, entre 18 de março e 3 de abril deste ano. Entre os gêneros, 52% dos entrevistados eram homens e 47%, mulheres.

Conforme o levantamento, 70% da mesada que os pais dão para os filhos é mensal. Além disso, 40% dos entrevistados costumam dar R$ 60 ao mês para as crianças. A partir das mesadas, os filhos começam a ter o hábito de poupar dinheiro: 80% dos jovens e adolescentes possuem cofrinho online e 42% têm cofrinho físico.

“A mesada tem uma função que vai além do valor monetário em si, uma vez que ela busca proporcionar à criança ou adolescente a oportunidade de gerenciar seu próprio dinheiro, fazer escolhas e aprender sobre finanças. A mesada incentiva hábitos de poupança e responsabilidade financeira desde cedo”, afirma Pedro Romero, diretor de serviços financeiros para pessoa física do PicPay.

 

Alfabetização financeira

 

O levantamento mostrou que a introdução financeira das crianças e adolescentes começa em etapas: primeiro eles têm acesso ao dinheiro físico e, depois, ao digital.

  • 37% dos filhos dos entrevistados ganharam o primeiro cofrinho antes dos 3 anos e a maioria (56%) recebeu até os 7 anos.
  • 39% dos filhos começaram a receber mesada entre 7 a 12 anos.
  • 53% dos adolescentes abriram sua primeira conta em um banco a partir dos 13 anos.

 

Pedro Romero afirma que as cédulas em papel ensinam de forma lúdica as finanças para as crianças, pois elas podem pegá-las e visualizar os valores. No entanto, o especialista alega que é possível introduzir o dinheiro digital nessa fase também.

“Os pais podem usar uma abordagem equilibrada, combinando experiências práticas para os pequenos que evoluem para transações digitais e discussões sobre finanças familiares. É fundamental preparar as crianças para o futuro financeiro”, comenta.

 

Já os adolescentes têm mais autonomia e responsabilidades, pois é nessa fase que eles conseguem o primeiro emprego e passam a receber o primeiro salário, por exemplo. Por já estarem inseridos na gestão financeira, é aconselhável que os jovens possuam contas em bancos.

Para educar os filhos, Romero informa que os pais precisam seguir uma estratégia que abrange três pontos: alfabetização financeira, comportamento e atitude.

“É essencial que os responsáveis comecem a introduzir alguns conceitos financeiros de forma gradual e sem medo. Com o tempo a criança vai ter uma clareza e vocabulário mais amplo. Quanto ao comportamento, é ensinar a importância de priorizar, economizar e gastar de forma consciente”, diz.

“Ao conversar com as crianças sobre dinheiro elas vão se sentir cada vez mais parte da rotina familiar. Os pequenos vão pensar que eles também podem ajudar a diminuir as contas da casa, por exemplo”, declara.

“As crianças têm o tempo a favor delas. E a gente como pais temos a missão de aproveitar essa variável. Então se a criança começa muito cedo a investir, mesmo sendo com pouco — com R$5 ou R$10 —, o importante é você enraizar esse hábito de investimento. É importante para o futuro dela”, afirma.

Digitalização

Sobre os métodos de pagamento, a pesquisa do PicPay mostra que existem pais que preferem formas mais tradicionais para darem dinheiro aos filhos: 48% optam pelas cédulas e 42% das crianças e adolescentes possuem cofrinho físico.

Por outro lado, o levantamento apontou uma mudança nesse comportamento: 47% dos pais usam transferências, como o PIX, ou o cartão para dar mesada.

Quase metade (44%) das crianças e adolescentes possuem conta para realizarem transferências financeiras, 43% são cadastradas em aplicativos de bancos e 42% possuem cartão.

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